sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Senado nos dias de hoje

O governo brasileiro sempre foi conhecido por ser palco de escândalos, corrupções, tragédias, injustiça, arbitrariedade e diversas formas de repressão.

No contexto político atual, podemos observar, em posição privilegiada, a falta de lealdade no Senado. O principal envolvido no escândalo mais recente, é José Sarney, que como presidente não mostra bom exemplo para nós, cidadãos.

Ficamos sabendo que o senador beneficiou parentes por meio de atos secretos, desviou recursos de um patrocínio feito pela Petrobrás à fundação que leva seu nome. Os procedimentos foram organizados e cuidadosamente planejados pelo senador. Quando descobriu-se tais façanhas, onze ações foram apresentadas contra Sarney, mas o senador foi absolvido de todas as acusações. Agora o caso nada mais é que uma contribuição para tornar mais ridículo ainda o cenário político e democrático brasileiro.

A seriedade no Senado é mais uma vez questionada. Tendo em vista os crimes que cometeu, Sarney provavelmente teria sido levado a renunciar, mas não basta só o desejo da sociedade (por mais irônico que pareça), mas sim os desejos dos poderosos em Brasília. Dificulta-se e encobre a sujeira feita no legislativo, varrendo-a para debaixo do tapete. Pergunta-se, sem rodeios: onde foi parar a vergonha na cara de uma pessoa que, apesar de saber o que fez, nega veementemente e diz que não tem conhecimento de nada?

O senador Eduardo Suplicy demonstrou sua indignação no Plenário do Senado contra as ações arquivadas de Sarney. Mesmo sem a presença do presidente do Senado, tirou do bolso um cartão vermelho, expressando seu protesto e revolta.

O povo brasileiro ainda está muito desconectado em relação à sua política interna. Nos encontramos alienados ou em estado de choque demais para que haja qualquer tipo de reação. Outra coisa importante: enquanto os cidadãos brasileiros continuarem com a famosa “memória curta”, nunca haverá uma democracia de fato. Muito menos se resolvermos fechar os olhos para os representantes que nós temos.

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